ATA DA SEPTUAGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 25-8-2008.
Aos vinte e cinco dias do mês de agosto do ano de
dois mil e oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho,
a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada,
respondida pelos Vereadores Beto Moesch, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo,
Dr. Goulart, Dr. Raul, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João
Carlos Nedel, Margarete Moraes, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Professor Garcia
e Sebastião Melo. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente
declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os
Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Guilherme Barbosa, João Bosco Vaz, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo
Danéris, Maria Celeste, Maria Luiza, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti,
Maurício Dziedricki, Mauro Zacher, Nereu D'Avila e Sofia Cavedon. À MESA, foram
encaminhados: pelo Vereador Maurício Dziedricki, o Projeto de Lei do Legislativo
nº 200/08 (Processo nº 4824/08); pelo Vereador Mauro Zacher, o Projeto de Lei
do Legislativo nº 146/08 (Processo nº 3612/08); pelo Vereador Professor Garcia,
o Projeto de Lei do Legislativo nº 210/08 (Processo nº 4993/08). Também, foi
apregoado o Ofício nº 693/08, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre,
informando que se ausentará do Município das sete às vinte e três horas do dia
de amanhã, quando participará de reunião da Comissão de Assuntos Econômicos do
Senado Federal, em Brasília – DF. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos
132/08, do Senhor Ezequiel Sousa do Nascimento, Secretário de Políticas
Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho e Emprego; 1246/08, do Senhor
Maurício Passariello, Coordenador do Núcleo de Contratos, Convênios e
Licitações do Ministério da Cultura; 8963, 557888, 557980 e 590113/08, do Fundo
Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão, constatada a
existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas da Trigésima Sexta,
Trigésima Sétima, Trigésima Oitava, Quadragésima, Quadragésima Primeira,
Quadragésima Segunda, Quadragésima Terceira, Quadragésima Quarta, Quadragésima
Quinta, Quadragésima Sexta, Quadragésima Sétima, Quadragésima Oitava,
Quadragésima Nona e Qüinquagésima Primeira Sessões Ordinárias, da Oitava e Nona
Sessões Extraordinárias e as Atas Declaratórias da Trigésima Nona e
Qüinquagésima Sessões Ordinárias. Em prosseguimento, o Vereador João Antonio
Dib formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando
manifestação da Procuradoria desta Casa acerca de implicações de eventual
atraso no retorno do Senhor Prefeito Municipal da viagem informada no Ofício nº
693/08, anteriormente apregoado. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Carlos
Todeschini questionou a relevância da Lei Municipal que proíbe a afixação de
propaganda eleitoral nas vias públicas e, sobre o assunto, lembrou que nem
sempre existe sincronia entre as pesquisas eleitorais e aquilo que o povo
realmente deseja. Ainda, criticou as ações do atual Governo Municipal,
analisando, principalmente, problemas na área da saúde pública e habitação e,
finalizando, abordou dificuldades de acesso ao Centro Popular de Compras. Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, o Vereador Alceu Brasinha teceu considerações acerca da importância
da liberdade que têm os eleitores de votar livremente nos seus candidatos, sem
serem induzidos ou ameaçados por quem quer que seja, ressaltando que os
Vereadores desta Casa tem um trabalho sério que deve ser respeitado por todos.
Também, parabenizou a equipe do Grêmio
Foot-Ball Porto Alegrense pelo atual desempenho no Campeonato Brasileiro de
Futebol. Em continuidade, constatada a existência de quórum, foi
iniciada a ORDEM DO DIA. Em Votação, foram apreciados conjuntamente e aprovados
os Requerimentos nos 059 e 068/08. Em Votação, foi aprovado o
Requerimento nº 066/08. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de
Lei do Executivo nº 037/08, com ressalva da Emenda aposta, após ser discutido
pelos Vereadores Adeli Sell e Carlos Comassetto. Foi aprovada a Emenda nº 01,
aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 037/08, por vinte e dois votos SIM,
seis votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em verificação de votação solicitada pelo
Vereador João Antonio Dib, após ter sido aprovada em sua votação simbólica,
tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo,
Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr. Raul, Elias Vidal,
Ervino Besson, Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, Luiz Braz, Marcelo Danéris,
Margarete Moraes, Maria Luiza, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Maurício
Dziedricki, Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro e Sofia Cavedon, Não
os Vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, Dr. Goulart, Haroldo de Souza, Nilo
Santos e Professor Garcia e tendo optado pela Abstenção o Vereador João Carlos
Nedel. Na oportunidade, por solicitação do Vereador João Carlos Nedel, o Senhor
Presidente procedeu à leitura da Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 037/08. Também, em face de Questões de Ordem e manifestações dos
Vereadores Professor Garcia e Carlos Comassetto e da Vereadora Margarete
Moraes, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca da votação da Emenda
nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 037/08. Em Discussão Geral e
Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 148/08, por
trinta e dois votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha,
Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói
Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio
Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo
Danéris, Margarete Moraes, Maria Luiza, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti,
Maurício Dziedricki, Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos,
Professor Garcia e Sofia Cavedon. A seguir, o Senhor Presidente registrou as
presenças, neste Plenário, de alunos e dos Professores Arildo Leal,
Marcelo Guido, Celso Alegransi e Eduardo Moraes e das Professoras Lucia Mara,
Maria Helena, Heloísa Silva, Helena Bonetto, Fátima Regina, Bruna John,
Marifátima, Fernanda de Carvalho, Adriane e Cristina Melo, do Projeto Compartilhar da
Prefeitura Municipal de Porto Alegre, que comparecem esta Câmara Municipal para
participar da Sessão Plenária do Estudante, atividade que integra o Projeto de
Educação Política, coordenado pelo Memorial desta Casa. Às quinze horas e seis
minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos para a realização de
reunião conjunta de Comissões Permanentes, sendo retomados às quinze horas e
cinqüenta e cinco minutos, constatada a existência de quórum. Após, foi
apregoado o Parecer nº 282/08 (Processo nº 5097/08), da Comissão de
Constituição e Justiça, ao Recurso de autoria das Vereadoras Margarete Moraes e
Maria Celeste e do Vereador Carlos Todeschini contra a decisão do Vereador Elói
Guimarães, Presidente da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação, de
indeferimento de Pedido de Diligência de autoria da Vereadora Margarete Moraes.
Também, foi apregoada Declaração de Voto do Vereador Marcelo Danéris a esse Parecer.
Em prosseguimento, foram apregoadas as seguintes Emendas ao Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 044/05: de nos 01 e 02, de autoria
das Vereadoras Margarete Moraes, Líder da Bancada do PT, e Sofia Cavedon; de nos
03 e 12, de autoria do Vereador Dr. Goulart, Líder da Bancada do PTB; de nos
04 e 05, de autoria do Vereador Haroldo de Souza, Líder da Bancada do PMDB; de
nos 06 e 07, de autoria do Vereador João Antonio Dib, Líder da
Bancada do PP; de nos 08 e 09, de autoria do Vereador Luiz Braz,
Líder da Bancada do PSDB; de nos 10 e 11, de autoria do Vereador
Nereu D’Avila, Líder da Bancada do PDT; de nos 13 e 16, de autoria
da Vereadora Maristela Maffei, Líder da Bancada do PCdoB; de nos 14
e 15, de autoria do Vereador Professor Garcia, Líder do Governo. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 021/08, após ser
discutido pelo Vereador Carlos Todeschini. Em Votação, foi aprovado o
Requerimento nº 045/08, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Aldacir
Oliboni, Dr. Raul, Sofia Cavedon, José Ismael Heinen e João Antonio Dib. A
seguir, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria do Vereador Professor Garcia,
Líder do Governo, ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 003/08.
Também, foi apregoada a Subemenda nº 01, de autoria do Vereador João Antonio
Dib, Líder da Bancada do PP, à Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 003/08. Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 003/08, com ressalva
da Emenda e da Subemenda apostas, por dezenove votos SIM, dois votos NÃO e uma
ABSTENÇÃO, após ser discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Luiz Braz, José
Ismael Heinen, João Antonio Dib, Professor Garcia, Haroldo de Souza e
Bernardino Vendruscolo, em votação nominal solicitada pelo Vereador João Bosco
Vaz, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir
Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Ervino Besson,
Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José
Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei,
Maristela Meneghetti, Mauro Zacher e Sofia Cavedon, Não os Vereadores Haroldo
de Souza e Professor Garcia e tendo optado pela Abstenção o Vereador Sebastião
Melo. Na ocasião, o Vereador Guilherme Barbosa formulou Requerimento verbal,
solicitando cópia das notas taquigráficas referentes ao pronunciamento do
Vereador Bernardino Vendruscolo na discussão do Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 003/08. Também, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos
acerca da votação da Emenda e da Subemenda apostas ao Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 003/08, tendo os Vereadores Professor Garcia e
Bernardino Vendruscolo se manifestado sobre o assunto. Em seguida, foi aprovada
a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 003/08,
por dezenove votos SIM, um voto NÃO e duas ABSTENÇÕES, em votação nominal
solicitada pelo Vereador João Bosco Vaz, tendo votado Sim os Vereadores Alceu
Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Claudio
Sebenelo, Dr. Goulart, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste,
Maristela Meneghetti, Mauro Zacher, Nilo Santos, Professor Garcia e Sofia
Cavedon, Não o Vereador Dr. Raul e tendo optado pela Abstenção os Vereadores
Haroldo de Souza e Sebastião Melo. Foi rejeitada a Subemenda nº 01, aposta à
Emenda nº 01 do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 003/08, por
dezoito votos SIM e quatro ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo
Vereador João Bosco Vaz, tendo votado Sim os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir
Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr.
Goulart, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
José Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela
Meneghetti, Mauro Zacher, Nilo Santos e Sofia Cavedon e tendo optado pela
Abstenção os Vereadores Dr. Raul, Haroldo de Souza, Professor Garcia e
Sebastião Melo. Em continuidade, o Vereador Bernardino Vendruscolo formulou
Requerimento verbal, solicitando renovação de votação para o Projeto de Lei Complementar
do Legislativo nº 003/08, tendo o Senhor Presidente determinado que esse
Requerimento fosse formalizado por escrito. Após, foi apregoada a Emenda nº 17,
de autoria do Vereador Haroldo de Souza, Líder da Bancada do PMDB, ao Projeto
de Lei Complementar do Legislativo nº 044/05. Também, foi aprovado Requerimento
de autoria da Vereadora Margarete Moraes, solicitando que as Emendas de nos
01 a 17, apostas ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 044/05,
fossem dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em
prosseguimento, foram apregoados os seguintes Requerimentos: de autoria do
Vereador Haroldo de Souza, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando a
retirada de tramitação da Emenda nº 04, aposta ao Projeto de Lei Complementar
do Legislativo nº 044/05; de autoria do Vereador Bernardino Vendruscolo,
solicitando renovação de votação para o Projeto de Lei Complementar do Legislativo
nº 003/08. Às dezessete horas e vinte e oito minutos, constatada a inexistência
de quórum, em verificação solicitada pelo Vereador Haroldo de Souza, o Senhor
Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores
para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os
trabalhos foram presididos pelo Vereador Sebastião Melo e secretariados pelo
Vereador Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a
presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo
Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Quero fazer um
apelo aos Srs. Vereadores, principalmente aos Srs. Líderes de Bancada - tive a
oportunidade de falar com alguns Líderes, pela manhã -, no sentido de que, se
possível, as Lideranças pudessem utilizar o seu tempo após a Ordem do Dia,
tendo em vista que esse período será longo no dia de hoje; não consegui falar
com todos os Líderes.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Sr.
Presidente, eu gostaria que V. Exª encaminhasse à Procuradoria da Casa o
ofício, lido por V. Exª, de S. Exª o Sr. Prefeito, que vai viajar das 7h às 23
horas. O que acontece se ele não chegar às 23 horas, o que é muito provável que
ocorra, em razão dos problemas dos nossos aeroportos? Se ele vai chegar no dia
seguinte, o que é que acontece?
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Requerimento
de V. Exª será devidamente atendido. Eu peço que, de pronto, em sendo autuada,
a Procuradoria da Casa possa se manifestar e que seja, inclusive, juntada a
manifestação e a preocupação do Ver. João Antonio Dib.
Eu quero fazer um apelo às assessorias, aos Srs.
Vereadores, já que nós entraremos na Ordem do Dia logo em seguida: que as
Bancadas pudessem contribuir, chamando os seus liderados para estarem em
plenário.
De imediato, passamos ao
O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra em Grande
Expediente. (Pausa.) Ausente.
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra em
Grande Expediente.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente
da Câmara, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, e
aqueles que nos assistem, a todos a nossa cordial saudação neste momento. Eu
tenho vários assuntos sobre os quais vou falar neste Grande Expediente.
Nós entramos, agora, no período eleitoral, e temos
uma série de mudanças na legislação que regra as eleições. Isso trouxe, de um
lado, algumas vantagens, mas trouxe, também, de outro, muitas dificuldades.
Eu, particularmente, não uso pintar muros, mas não
sei, tenho minhas dúvidas, sobre, por exemplo, tirar as plaquetas dos postes ou
os cavaletes. Votei a favor da Lei de autoria da nossa Verª Margarete Moraes e
de outros Vereadores, numa tentativa de limpar a Cidade. Sinceramente, Verª
Margarete, pela quantidade de muros pichados ou pintados com propaganda de
candidaturas, uma em cima da outra, não sei a Cidade fica melhor, porque a
maior parte desses Vereadores não vai se eleger, e os muros vão continuar
pintados por mais quatro anos - essa é a realidade! Há também a comercialização
de muros, e o negócio que se forma em torno disso é muito ruim.
Mas, agora, quero fazer uma referência às pesquisas
eleitorais, Verª Margarete Moraes. Em primeiro lugar, porque pesquisas
eleitorais são apenas intenções de momento, dificilmente elas apanham um quadro
real e, muito menos, definitivo. Portanto, pesquisa eleitoral não é norma, não
é lei e não define eleição; ela pode induzir, muitas vezes, a erros.
Lembro-me muito bem da última eleição - inclusive a
Verª Margarete era Presidenta do nosso Partido em nível estadual, e eu era um
dos coordenadores de campanha; nós abrimos a contagem dos votos no primeiro
turno, e os institutos de pesquisa, mesmo duas horas depois da contagem dos
votos, davam como vencedor, à época, o ex-Governador, davam-no como o mais
votado no primeiro turno, remetendo-o para o segundo turno. No entanto,
encerrada a contagem dos votos, cerca de duas ou três horas depois, aquele que
sempre foi indicado pelas pesquisas como o vitorioso, o primeiro lugar, sequer
foi para o turno turno.
Então, eu quero dizer aos Srs. Vereadores, às Sras
Vereadoras e aos telespectadores que pesquisa não ganha eleição; no máximo pode
induzir a erros. Agora, é muito viva na nossa memória, Verª Margarete, aquela
voz única das pesquisas e da grande imprensa, pelo menos a maior parte dela,
dando o ex-Governador Germano Rigotto como eleito para o segundo turno com
grande vantagem. E não foi; não foi sequer para o segundo turno. Portanto,
pesquisa eleitoral não decide eleição, não decide vitória; no máximo, induz a
erros. Nós tivemos aqui uma brutal manipulação nas pesquisas para o Senado na
última eleição, que induziu a vitória de um Senador que, se não tivesse tido
esse tipo de manipulação, acho que não teria sido eleito. Então, cuidado!
Cuidado, porque aquilo que as pesquisas dizem não é aquilo que se ouve nas
ruas, não é aquilo que se sente, aquilo que nós estamos ouvindo dos eleitores
de Porto Alegre. Eu quero fazer este registro, porque é mais ou menos regra
fazer com que as pesquisas induzam o eleitor a determinados resultados, ainda
que, depois dos grotescos erros, ninguém mais se lembre do que aconteceu. A
eleição para Governador foi um caso bem típico disso.
Hoje pela manhã, num dos raros momentos que tenho
para ouvir a propaganda eleitoral, ouvi o anúncio do atual Perfeito, prometendo
empossar o atual Secretário de Saúde, se eleito for, na Secretaria de Saúde,
Ver. Oliboni. Ora, o atual Governo inscreveu em programas, queria fazer quantos
postos de Saúde, Ver. Oliboni? Duzentos. Queria duplicar: hoje são 78, queria
passar a 150, uma coisa assim. Vamos partir, hipoteticamente, de 75, e vamos
passar a 150.
Hoje também ouvi uma manifestação na direção de
que, se eleito for, o atual Prefeito vai fazer 200 postos de Saúde. Ora, para
quem teve quatro anos e fez cinco postos, fechou e sucateou outros tantos, não
dá para levar a sério! E já está empossando o atual Secretário, que, talvez,
possa ser um pouco melhor do que o anterior, mas está deixando muito a desejar!
Há uma insatisfação geral dos trabalhadores, dos funcionários, há o desmonte. O
Ver. Dr. Raul nos acompanha de perto. A questão do Murialdo, por exemplo, é um
caso em que o Município não tem atitude: deixou sucatear, deixou fechar. Então,
que marquem uma reunião conosco - comigo, com o Dr. Raul, com a Verª Sofia, com
a Verª Neuza e demais Vereadores -, nos chamem para discutir o futuro do
Sistema Murialdo. Eles simplesmente não aparecem; ficamos nós, lá, feito
trouxas, com o Secretário Estadual da Saúde. As coisas não podem ser tratadas
com tamanha falta de seriedade e de compromisso. Eu acho que não estão
enganando os eleitores: estão enganando a si mesmos, porque, com essa conversa,
o eleitorado não vai acreditar, Ver. Oliboni. Não tem como! Aqueles que dizem
que vão fazer essas coisas não estão enganando o eleitor, estão enganando a si
mesmos, porque ninguém acredita. É só pegar aquilo que foi apresentado na
campanha passada - e eu não estou falando aqui do que disseram: está escrito
num panfleto que foi divulgado. Quantos postos, por exemplo, iriam ser feitos
no bairro Partenon? Quantos Centros de Saúde 24 horas iriam ser feitos? Falou o
Dr. Presser, Diretor do DMAE, Coordenador do Programa, que o problema da Saúde
não era um problema de recursos, mas simplesmente um problema de gestão, e que
a atual Administração iria dar conta da gestão. Pois não deu conta. Se a Saúde
tinha problemas - e os tinha, nós temos que reconhecer -, é voz unânime de toda
a Cidade - que a Saúde piorou, e piorou muito. Essa é a realidade.
Um outro assunto que eu quero trazer aqui para o
debate é que, na semana passada, nós, da CEDECONDH, recebemos uma visita dos
inquilinos da Galeria Central, reclamando e reivindicando acesso àqueles que
estarão incluídos no sistema de transporte no novo Centro Popular de Compras e
na antiga Praça Rui Barbosa. Colocaram que adormeceram de um jeito e
amanheceram com uma cerca, cercando o Centro Popular de Compras. O Ver.
Guilherme Barbosa e o Ver. Comassetto estiveram lá, porque o Ver. Guilherme
Barbosa acertou na Comissão de Defesa do Consumidor uma ida até lá, na
quinta-feira pela manhã, no horário marcado, e o Governo disse que não
compareceria, que o que ele tinha que fazer estava feito. No entanto, lembramos
- e o Ver. João Antonio Dib lembra bem disso, ele que entende do Município e
das leis -, que para cercar qualquer praça desta Cidade é necessário lei,
Vereador, ou plebiscito que faça com que a comunidade do entorno e da Cidade
autorize a implantação de uma cerca. Pois bem, a Praça Rui Barbosa, pelo o que
me consta, até hoje, e como o nome denomina, é uma praça; é uma praça que já
foi violentada com a implantação do Centro Popular de Compras. Mas, vamos lá, é
a única marca, é a única cara que o Prefeito Fogaça tem. Agora, o que nós não
podemos aceitar é que a amanheça com uma cerca. Qualquer praça, para ser
cercada, tem que ter previsão de lei específica, depois de plebiscito - é a Lei
Orgânica do Município de Porto Alegre! E nós não vimos isso. Ver. Professor
Garcia, a Lei é de sua autoria, e muito me surpreende o seu silêncio! Essa é a
sua Lei, V. Exª está em silêncio e nós temos uma praça cercada ilicitamente.
Nós temos que tomar providências legais, as praças não são cercadas, porque há
toda uma concepção em torno, de uma cidade democrática, de uma cidade livre, de
uma cidade não guetizida, de uma cidade não acantonada. Agora, me parece que
foi feito um cercado para reter, para prender os consumidores dentro daquele
equipamento; essa é uma outra violência! Portanto, temos que tomar as
providências, Ver. Guilherme, porque isso é contra a lei da Cidade, é contra a
Lei Orgânica e é contra aquilo que democraticamente foi construído. Ninguém
pode cometer ilegalidades, muito menos o Executivo, muito menos as autoridades,
que têm que preservar a lei, têm a obrigação e têm o dever de preservar a Lei.
Um outro assunto que eu quero tratar aqui é a
questão da habitação, porque Porto Alegre tem recebido muitos recursos: da Caixa
Econômica Federal, através de programas do FGTS; através de programas
habitacionais do Governo Federal; através de lei e recursos orçamentários,
portanto a fundo perdido; financiamentos; programas de arrendamento
imobiliário. Isso tem feito com que a possibilidade da habitação, da casa
própria, seja muito grande.
Vejo aqui uma notícia, no jornal Correio do Povo da
última sexta-feira (Lê.): “Remoção da Vila Dique fica para 2009”. Ver.
Guilherme Barbosa, me parece que essa é a terceira licitação que dá deserta.
Peço à câmera que mostre o jornal com esta notícia (Mostra o jornal). Outra
licitação deserta!
Esses recursos para a aquisição dessas áreas estão
disponíveis desde 2005; inclusive com as emendas dos Parlamentares gaúchos, que
destinaram todas as verbas ao Programa Habitacional. Demorou muito! O terreno
foi adquirido só em 2006 ou 2007. Os recursos, praticamente, por várias vezes
foram pedidos se não fosse a intervenção dessa Câmara. Agora, o Município não é
capaz de fazer um Projeto nos valores que dêem condições de dar unidade básica
habitacional para aquelas pessoas; são as 1.450 unidades familiares e mais 103
unidades comerciais.
De um lado, o Governo é incompetente para realizar
as obras que tem obrigação de realizar; e, de outro, a gente vê o
ex-Diretor-Geral do DEMHAB anunciar, por todas as suas propagandas: “Esse é o
sonho da casa própria”. Grande enganação! Grande enganação, porque, na verdade,
o máximo que ele tem feito é cadastrar as pessoas. São todos programas
federais; inclusive, muitas atitudes são questionáveis.
Eu quero dizer que recebi aqui uma senhora que foi
inscrita e destinada para um Programa Habitacional que era dito como do DEMHAB,
lá na Restinga, com endereço e tudo. A pessoa chegou lá depois de dois anos, e
lhe disseram: “Não, esse programa foi vendido para uma empresa. Se você quer o
apartamento, você tem que pagar R$ 400,00 por mês”.
Vejam que o DEMHAB foi usado para manipular
pessoas, para fazer cadastro e enganar pessoas pobres, pessoas de boa-fé, para
angariar votos em troca de campanha. É evidente, Ver. Dr. Goulart! Foi
prometido que lá haveria 500 unidades habitacionais, fizeram, talvez, um
cadastro de 5.000 pessoas; 4.500 não têm condições, mas foi entregue um
cadastro limpo de 500 famílias que talvez possam pagar. Isso não se faz à testa
de um órgão público! Eu tenho o nome e o endereço dessa pessoa que foi
manipulada, enganada e lograda pelo ex-Diretor do DEMHAB, que agora anuncia em
toda a Cidade que é “o sonho da casa própria”. Isso não pode acontecer! A gente
não pode deixar isso passar em branco! Obrigado pela atenção.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Quero lembrar
ao Srs. Vereadores e às Sras Vereadoras que, conforme decisão
encaminhada pela Mesa e Lideranças, hoje, às 17h, na Sala das Comissões, nós
estaremos fazendo uma reunião com todos os Vereadores sobre a questão da
TVCâmara. Eu faço um apelo - há muitos Vereadores questionados sobre essa
matéria - no sentido de que participem da reunião. Ajudem-nos a construir de
forma coletiva uma posição unificada sobre esse tema.
O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
venho a esta tribuna falar do que está acontecendo na Cidade. Eu sempre venho
falar das coisas boas que acontecem na Cidade, mas agora...
(Aparte anti-regimental do Ver. João Bosco Vaz.)
O SR. ALCEU BRASINHA: Ver. João
Bosco Vaz, eu quero falar do que está acontecendo. Se V. Exª estiver esclarecido,
o problema é seu; o meu, eu vou esclarecer. O senhor tem que falar... Venha
falar aqui... Eu sempre respeitei o que tu falas; tu tens a mania de querer
gritar mais alto do que os outros?! Não pode, Vereador? Ou o senhor pede um
aparte ou fala no seu tempo.
Mais uma vez venho dizer aos senhores e às senhoras
que eu acho que qualquer um de nós tem vontade de votar em quem quiser,
Haroldo. Ninguém ameaça ninguém. Se houve o problema da gestão anterior, do
Prefeito, enfim, de quem quer que fosse, quem ganhou a sua casa própria eu acho
que deve continuar votando em quem quiser. Não interessa se eu fui o Secretário
ou o Ver. Dib foi o Secretário, o Ver. Haroldo, quem sabe o Ver. Nilo Santos, o
Ver. Dr. Goulart, o meu amigo Todeschini, mas não chegar na casa, bater e dizer
assim: “Acho melhor votar nessa pessoa”. Eu acho isso uma deselegância, uma
vergonha. Porque isso não pode acontecer, e eu mesmo tenho vergonha de chegar e
dizer isso. A gente tem a livre e espontânea vontade de fazer o que quer e ir
aonde bem quiser, e decidir o que dizer para a pessoa. Agora, chega um cidadão
e ameaça... Não é por aí, porque todo cidadão, todo porto-alegrense, todo
cidadão gaúcho tem liberdade e espontânea vontade de votar em quem quiser. E eu
jamais faria este discurso aqui, mas estou fazendo porque há um detalhe: eu
passo nos lugares e vejo pessoas falando isso, Ver. Ervino; e isso é terrível.
A gente deve ter um mínimo de vergonha e não fazer o que vem fazendo.
Certamente daqui a alguns minutos vão esclarecer, tenho certeza absoluta de que
todos os Vereadores que estão aqui já estão sabendo do que estou falando. Ver.
Dr. Goulart, a gente trabalha pela Cidade; eu trabalho pela Cidade; eu jamais,
um dia, vou chegar e dizer para o Ver. Haroldo, que me conhece, o Ver.
Todeschini, todo mundo sabe, quando eu passo, eu sou uma pessoa que, nunca,
jamais, podem ter certeza absoluta, acontecerá esse detalhe de falar de
ninguém, mas falar das coisas boas que vocês fazem; vocês, Vereadores, que
trabalham muito pela Cidade, isso, sim. Costumo dizer que aqui todos vocês
trabalham muito pela Cidade, e agora só tem um que está trabalhando, que está
fazendo e acontecendo? É isso que eu quero dizer, Ver. Haroldo: é um problema
sério. Verdade, Ver. Adeli Sell, nós estamos aqui. Ora, ninguém trabalha aqui?
Quem trabalha são só eles?! Nós trabalhamos muito! Eu não quero só me defender,
eu quero defender também os Srs. Vereadores aqui, porque são pessoas honestas,
dignas, que estão neste Legislativo, porque o povo assim votou. Há muita gente
lá fora dizendo que vão fazer, ameaçando as pessoas - o que é uma vergonha,
Ver. João Bosco Vaz! Humilhar uma pessoa, ameaçar, não é comigo. Eu tenho
lealdade, tenho coragem de vir aqui, nesta tribuna, e dizer: “Vamos parar com o
que vocês estão fazendo aí fora, porque os Vereadores desta Casa têm caráter,
têm trabalho, têm tudo, não fazem isso”.
Ver. Todeschini, eu quero, agora, simplesmente
dedicar um segundinho da minha Liderança para falar sobre o que Grêmio está
passando. Mais uma vez, volto a lembrar, quando o Ver. Haroldo estava lá em
Recife, narrando um gol, e, ontem, aos 49 minutos do segundo tempo, quando
narrou mais uma alegria do Grêmio. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs.
Vereadores, só queria falar a V. Exas que há um
conjunto de projetos a ser votado. As Lideranças podem usar o tempo, depois da
Ordem do Dia, para se manifestar. Se há algum Projeto em que faltam emendas, a
gente pode levá-lo para votação no final, não há problema nenhum. Essa é uma
questão de os senhores acertarem.
Havendo quórum, passamos à
(encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 059/08 – (Proc. Nº 4327/08 – Ver. Márcio Bins Ely) – requer a realização de Sessão Solene, no dia 28 de outubro de 2008, às 19 horas, destinada a assinalar o transcurso do 80º aniversário do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Porto Alegre (CPOR-PA). (Incluído em 20-08-08.)
REQ. Nº 068/08 – (Proc. Nº 4998/08 – Mesa Diretora) – requer a realização de Sessão Solene, no dia 02 de setembro de 2008, às 15 horas, destinada a homenagear à Pátria. (Incluído em 20-08-08.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Solicito a
atenção dos Srs. Vereadores para a votação, em bloco, dos seguintes Requerimentos:
o Requerimento nº 059/08, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, e o Requerimento
nº 068/08, de autoria da Mesa Diretora. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que os
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADOS.
(encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 066/08 – (Proc. Nº 4913/08 – Ver. Luiz Braz) – requer seja o período de Comunicações do dia 04 de setembro destinado a homenagear o Grupo CEEE. (Incluído em 13-08-08.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o
Requerimento nº 066/08, de autoria do Ver. Luiz Braz. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 4396/08 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 037/08,
que autoriza o Poder Executivo a contratar operação de crédito até o limite de
R$16.200.000,00 (dezesseis milhões e duzentos mil reais) com a Caixa Econômica
Federal – CEF – e dá outras providências. Com Emenda nº 01.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB
e COSMAM. Relator-Geral Ver. Nilo Santos: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 20-08-08.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o
PLE nº 037/08. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o
PLE nº 037/08.
O SR. ADELI SELL: Boa-tarde,
Presidente; colegas Vereadores, Vereadoras, cidadãos e cidadãs de Porto Alegre,
o Governo pede autorização para um empréstimo. Evidentemente que nós,
Vereadores, não podemos, não devemos-nos opor a um tipo de empréstimo. Agora,
eu gostaria de deixar claro, Ver. João Dib, que nós somos favoráveis, mas nós
vamos fiscalizar. O papel do Vereador é fiscalizar. Eu fico muito chateado
quando eu vejo publicidades de Governos fazendo lambança, fazendo publicidade,
portanto, dando benesse com o chapéu alheio. Eu vi publicidades, há pouco, do
Governo do Estado alardeando um conjunto de questões que são com dinheiro de
repasse federal, dinheiro da União. Portanto, é preciso que se respeite a
origem do dinheiro. Quando a gente vê por aí pessoas alardeando, Ver. Brasinha,
como se um Vereador, como se um Secretário pudesse dar casa para alguém, isso
não é verdade.
As casas construídas em Porto Alegre são fruto de
duas fontes de financiamento: da Caixa Econômica Federal, e dos financiamentos
internacionais, como o PIEC - Programa Integrado Entrada da Cidade -, e o
financiamento do PISA - Programa Integrado Socioambiental.
Vereador Nilo Santos não é um Vereador, não é um
Secretário, não é o Prefeito que dá a casa. Ninguém dá nada. As casas são
conquistadas através de uma mobilização, ou elas são fruto de colocação de
pessoas que estão em área de risco. Por exemplo, na vila Santo André, ao lado
do Zamprogna, é uma área de risco, molhada, inundada, as pessoas não ficarão
ali.
Tal qual na expansão do Aeroporto, as pessoas estão
sendo deslocadas para o Porto Seco, através de Projeto aprovado por esta Câmara
Municipal.
Então, nós precisamos deixar clara a origem desse
dinheiro, dos 16 milhões.
A Prefeitura receberá em seus cofres, através de um
financiamento que nós estamos aprovando hoje. Portanto, faça-se justiça por
duas questões. Uma, a Prefeitura que não está dormindo no ponto, está indo
atrás dos financiamentos que existem. Nós devemos louvar, independentemente de
sermos da oposição ou da situação, mas nós que estamos aqui para zelar, ainda
mais porque somos da oposição, vamos fiscalizar rigorosamente, como temos
fiscalizado tudo da Administração Municipal.
Portanto, Verª Margarete Moraes, nossa Líder da
Bancada, nós vamos, sim, conforme conversei com V. Exª, votar a favor, mas não
peçam que fechemos os olhos para as coisas que acontecem, porque tenho visto
ultimamente que leis aprovadas por unanimidade nesta Casa, aparecem como
plataforma de alguns, como se fossem obra de um.
Já citei, aqui, o caso do alvará provisório, que
todo mundo sabe, o Ver. Haroldo de Souza já disse aqui quem fez, então, não
vamos vir com mentiras para cima dos outros.
Agora, estamos aprovando um financiamento, é um
financiamento, não é dinheiro do caixa da Prefeitura. O caixa terá que pagar ao
longo dos anos. Esta é a verdade! Assim são os fatos, assim se faz, assim se
vota, sem tergiversações e sem demagogia. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Carlos
Comassetto está com a palavra para discutir o PLE nº 037/08.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadores, Vereadoras, senhores e
senhoras que nos honram com suas presenças, vou dar continuidade à fala de meu
companheiro de Bancada Ver. Adeli Sell, que já iniciou a exposição, trazendo,
inclusive, o voto da Bancada do Partido dos Trabalhadores, que votou em todos
os Projetos que o Executivo encaminhou a esta Casa relacionados ao Governo
Federal, aos recursos públicos destinados pelo Ministério das Cidades aos
programas de habitação e saneamento. Manteremos esta postura, porque entendemos
que a política do Governo Federal para se tornar realidade, precisa ser
entendida, discutida e bem fiscalizada pelo Legislativo Municipal.
Portanto, Verª Margarete Moraes, esta tem sido a
nossa posição, como Bancada, Ver. Marcelo Danéris, e, neste caso específico do
financiamento de 16 milhões, 121 mil e 490 reais, que está destinado para duas
obras de saneamento básico - o saneamento pluvial, água das chuvas, na Rua João
Mendes Ouriques, e na recuperação do Arroio Dilúvio -, votaremos
favoravelmente. Mas já fizemos uma Emenda, em nome da nossa Bancada, que diz
exatamente aquilo que nós cobramos em outros Projetos, como o Socioambiental, e
que a então Líder do Governo, Verª Clênia Maranhão, se comprometeu a mandar à
nossa Bancada, e estamos esperando até hoje. Ela não cumpriu com a sua palavra
em nome do Governo, bem como o Governo, através do engenheiro responsável pelo
Projeto Socioambiental, também não cumpriu, Verª Sofia, o Pedido de
Providências que fizemos, para que mandasse a esta Casa o Projeto Executivo da
obra do Socioambiental, para que pudéssemos analisar e verificar, inclusive
para acompanhar a implantação dos recursos públicos. Nesse caso, a nossa
Bancada está apresentando a Emenda ao Projeto de Lei autorizativo que diz que o
Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal, dentro de 30 dias, contados da
contratação da operação de crédito autorizada por esta Lei, cópias dos
respectivos instrumentos contratuais, bem como os projetos de engenharia das
obras objeto dos recursos de que trata a presente Lei, porque, se nós estamos
autorizando um financiamento público, nós queremos saber onde e como estes
recursos estão sendo aplicados.
Ver. Guilherme Barbosa, neste período de campanha,
a SMOV está colocando pavimentação em algumas ruas, fazendo recapeamento em
algumas ruas, e o ex-Secretário da SMOV, Maurício Dziedricki, vai lá, e está
trocando por voto! Eu quero dizer isso, alto e bom tom, aqui nesta tribuna, e
pedir, inclusive, ao Ministério Público, que fiscalize isso. Portanto, se tem o
projeto previamente aprovado com os recursos, todos saberão onde esses recursos
serão aplicados.
Colegas Vereadores e Vereadoras, é nosso papel
aqui, da oposição e dos Vereadores da situação, de aprovarmos, sim, os projetos
que beneficiam a Cidade, mas também é compromisso nosso fiscalizar a boa
aplicação dos recursos públicos, e a não utilização desses recursos em
benefício próprio, Dr. Goulart, V. Exª que é da mesma Bancada do ex-Secretário
da SMOV.
Portanto, nós não podemos deixar que esses recursos
sejam mal aplicados na Cidade, principalmente no período eleitoral, Ver. Nilo
Santos. Trago este tema, porque é um tema recorrente na Cidade. E nós estamos
aqui aprovando mais um Projeto, Ver. Maurício, V. Exª, que chega aqui, agora,
sabe do que eu estou falando, que, nas comunidades, o senhor anda prometendo
capeamento em troca de votos, com a infra-estrutura da SMOV. Isso não se faz,
Ver. Maurício, é um equívoco seu na política.
Portanto, votaremos favoráveis a mais esse
financiamento público, do Governo Federal, de 16 milhões e 200 mil reais, para
ser bem utilizado, e não para ser utilizado em processo eleitoral e com compra
de voto. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Encerrada a
discussão. Em votação o PLE nº 037/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO pela unanimidade dos
presentes.
Eu solicito a presença do nobre Ver. João Carlos
Nedel, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça.
Antes, porém, há uma Emenda a esse Projeto que
precisa ser enfrentada; só um minutinho. O Projeto que foi votado tem uma
Emenda. Solicito a atenção dos nobres Vereadores. A Emenda é da Líder do PT,
Verª Margarete Moraes, cujo teor é o seguinte (Lê.): “Acrescente-se, ao final
da redação proposta pelo art. 7º do PLCE nº 011/08, a expressão ‘...bem como os
projetos de engenharia das obras objeto dos recursos de que trata a presente
Lei’”.
Em votação a Emenda nº 01 ao PLE nº 037/08.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA
pela unanimidade dos presentes.
O SR. PROFESSOR
GARCIA: (Início da fala fora
do microfone. Inaudível.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Como? Aprovada
a Emenda. Sim, a Emenda ao Projeto, Ver. Garcia; foi votado o Projeto, e neste
Projeto havia uma Emenda. Esta Emenda que é ao Projeto de Lei do Executivo que
autoriza a contratação do empréstimo. É esta a Emenda que foi votada.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Sr. Presidente, solicito
verificação de votação.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Solicito que o
Ver. Professor Garcia e a Verª Margarete Moraes compareçam à Mesa da
Presidência.
(O Ver. Professor Garcia e a Verª Margarete Moraes
comparecem à Mesa da Presidência.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): V. Exª, Ver.
João Antonio Dib, está pedindo verificação de votação só da Emenda?
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sim.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Solicito a
atenção dos Srs. Vereadores. Há uma dúvida, não para a Presidência, mas em
relação a posições de Plenário; e sendo uma faculdade do Vereador pedir
verificação de votação e é de competência do Presidente deferir de plano, eu
vou deferir o pedido do Ver. João Antonio Dib, e determino que seja aberto o
painel, porque, no caso de renovação de votação, a votação é nominal. Portanto,
eu solicito a atenção dos Srs. Vereadores.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, é uma questão regimental: o pedido de verificação não é quando há
uma diferença de no máximo três votos contrários?
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Aí é renovação
de votação, Ver. Carlos Comassetto.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Muito
obrigado.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Eu solicito
que seja lida a Emenda, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Emenda é ao
PLE nº 037/08, que autoriza a contratação de empréstimo de 16 milhões e 200 mil
reais com a Caixa Econômica Federal, cuja Emenda é de autoria da Verª Margarete
Moraes; eu vou ler o artigo e a modificação que ela faz no artigo. Peço a
atenção dos Srs. Vereadores. Eu vou ler o que diz o artigo que ela pretende
modificar; é o art. 7º do PLE nº 037/08, já votado: “O Poder Executivo
encaminhará à Câmara Municipal, dentro de 30 dias, contados da contratação da
operação de crédito autorizada por esta Lei, cópias dos respectivos
instrumentos contratuais”. É o que diz o texto original.
O que pretende a Srª Vereadora? (Lê.):
“Acrescente-se, ao final da redação proposta no art. 7º do PLCE nº 011/08, a
expressão ‘... bem como os projetos de Engenharia das obras objeto dos recursos
de que trata a presente Lei’”. Ela está fazendo um acréscimo. Além dos
contratos, ela está dizendo que devem vir também os projetos. Estão todos
devidamente esclarecidos?
Renovação de votação da Emenda nº 01 ao PLE nº
037/08. (Pausa.)
Em votação nominal a Emenda nº 01 ao PLE nº 037/08,
solicitada por esta Presidência. (Pausa.) (Após a apuração nominal) APROVADA por 22 votos SIM, 06 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3614/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 148/08, de autoria do Ver. Mauro Zacher, que concede o título
honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Empresário e Advogado Ennio
Carlos Corrêa Reif.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA -
art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 13-08-08.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o
PLL nº 148/08. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 32 votos SIM.
Convido o nobre Presidente da Comissão de
Constituição e Justiça, Ver. João Carlos Nedel, para presidir os trabalhos da
Reunião Conjunta das Comissões para Parecer do Projeto de Resolução da Mesa nº
033/08, que inclui dispositivos nos arts. 15, 36 e 195, inclui arts. 194-A e
194-B e altera a denominação do Capítulo IV da Resolução nº 1.178, de 16 de
julho de 1992 - Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre -, e alterações
posteriores, instituindo o Precedente Legislativo e dispondo sobre a
prejudicialidade da tramitação de proposições manifestamente inconstitucionais,
ilegais, inorgânicas ou anti-regimentais.
E
Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 004/08, da Mesa, que inclui parágrafo único
no art. 72 da Lei Orgânica do Município, estabelecendo que Lei Complementar
deverá dispor sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação
das leis.
Registro, com muita alegria para a nossa Casa, a
visita orientada dos alunos do Projeto de Educação Compartilhar, da Prefeitura
Municipal de Porto Alegre. O Projeto utiliza espaços da Casa para turmas de
educação de jovens. São 50 alunos acompanhados por seus Professores Arildo
Leal, Marcelo Guido, Heloísa Silva, Helena Bonetto, Celso Alegransi, Fátima
Regina, Bruna John, Marifátima, Fernanda de Carvalho, Adriane e Cristina Melo,
Eduardo Moraes, Lucia Mara e Maria Helena.
Bem-vindos, professores e alunos. Sintam-se em
casa.
Estão suspensos os trabalhos para a Reunião
Conjunta das Comissões.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h06min.)
O SR. PRESIDENTE
(Sebastião Melo - 15h55min): Estão reabertos os trabalhos da Sessão Ordinária.
Antes de prosseguirmos na Ordem do Dia, apregôo
parecer da CCJ ao Processo que solicita diligência acerca da tramitação do
Projeto do Pontal do Estaleiro. O Pedido de Diligências foi dirigido ao
Presidente; o Presidente declinou competência ao Presidente da CUTHAB, Ver.
Elói Guimarães, que indeferiu o Pedido de Diligências. A autora do pedido, Verª
Margarete Moraes, recorreu da decisão do Sr. Presidente da CUTHAB; o Presidente
recebeu o recurso tempestivamente, nas suas formalidades, concedeu prazo de 48
horas para que a Comissão de Constituição e Justiça procedesse o Parecer, que é
de autoria do Ver. Nereu D’Avila, cujo teor passo a dar conhecimento aos Srs.
Vereadores. (Lê.): “Recurso contra a decisão que denegou o Pedido de
Diligências ao PLCE nº 006/08 - Processo 2.486/08.
Vem a esta Comissão, para Parecer, o Recurso, de
autoria da Bancada do Partido dos Trabalhadores.
O Recurso foi interposto pela Vereadora Margarete
Moraes, e subscrito pela Vereadora Maria Celeste e pelo Vereador Carlos
Todeschini, à decisão do Sr. Presidente da CUTHAB, prolatada em face do Pedido
de Diligências, Proc. 5.097/08, encaminhado pelos signatários ao PLCL nº
006/08, Proc. 2.486/08, o qual classifica como Empreendimento de Impacto de
Segundo Nível e Projeto de Revitalização Urbana do Trecho da Orla do Guaíba,
localizado na UEU 4036, denominado Pontal do Estaleiro.
Diz o art. 51 do Regimento da Casa que o Pedido de
Diligências somente pode ser feito no âmbito das Comissões, cujo deferimento ou
não se constitui de competência do Presidente da Comissão ao qual for dirigido.
Assim, o Pedido de Diligências solicitado foi
recebido pelo Presidente da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação, o
qual o considerou prejudicado em face do art. 81, por entender que esse
dispositivo ‘obsta a tramitação normal e cria situação excepcional, erga
omnes, e remete o processo à Ordem do Dia para os procedimentos regrados no
referido preceito legal’. Não houve sequer deferimento do referido Pedido de
Diligências.
Deste modo, no caso em tela, efetivamente,
aplica-se o art. 81 de Lei Orgânica, Lei Maior deste Município, que estabelece
que decorrido o prazo de trinta dias do recebimento de quaisquer proposições em
tramitação na Câmara Municipal, seu Presidente, a requerimento de Vereador,
mandará incluí-las na Ordem do Dia, independente de parecer.
Pelo exposto, manifestamo-nos pela negativa de
provimento ao recurso interposto”.
Votaram com o Ver. Nereu D’Avila o Ver. João Carlos
Nedel, o Ver. Bernardino Vendruscolo e o Ver. Nilo Santos, e voto contrário do
Ver. Marcelo Danéris, cuja Declaração de Voto, passo a ler.
Declaração de Voto do Ver. Marcelo Danéris. “Voto
contrariamente ao parecer prolatado nesta Comissão de Constituição e Justiça em
face do recurso interposto da decisão que considerou prejudicado o Pedido de
Diligências, objeto do Proc. nº 5.097/08, devido aos vícios que prejudicam de
forma insanável a tramitação tanto do presente, como do PLCE nº 006/08.
Inicialmente, registro o caráter anti-regimental da
designação de parecerista, ao presente recurso, que figura como co-autor da
proposição, o que é expressamente vedado pelas disposições do art. 47, § 1º, do
Regimento desta Casa.
Em segundo lugar, igualmente resta eivada de vício
a decisão da Presidência, que concedeu o exíguo prazo de duas horas para a
vista solicitada pelo signatário diante do Parecer da CCJ ao recurso em
questão, eis que tal decisão afronta o disposto no art. 48, § 2º do Regimento
desta Casa, o qual estabelece o prazo de 24 horas para pedido de vista
relativamente às questões incidentes em proposições em regime de urgência.
Ressalta-se que, em se mantendo a posição do
parecerista, o qual defende a manutenção da prevalência do art. 81, o qual
estabelece grave abreviação da tramitação das propostas, eis que dispensa - ao
contrário da urgência - parecer conjunto das Comissões como requisito para
votação em Plenário, impõe-se a concessão de vista pelo prazo de 24 horas, como
acima afirmado.
Registre-se que os efeitos do art. 81 da Lei
Orgânica são muito mais graves do que o próprio pedido de urgência, eis que a
proposição sob a sua égide é remetida ao Plenário diretamente para votação,
inclusive sem qualquer parecer.
Pelo exposto, voto contrariamente ao Parecer
apresentado por essa Comissão ao recurso interposto em face de decisão
prolatada pelo Presidente da CUTHAB nos autos do proc. nº 5.097/08. Em
25.08.08, assina o Ver. Marcelo Danéris”.
De acordo com o art. 104 do Regimento Interno, “O
Presidente, com antecedência mínima de 48 horas, anunciará, por meio
eletrônico, aos Vereadores, a matéria a ser incluída na Ordem do Dia”. Para
tanto, lido o devido Parecer, com votos favoráveis e voto contrário, eu
determino que seja colocado, no prazo regimental, na Ordem do Dia, o
Requerimento para que possa ser apreciado pelo Plenário.
É o Requerimento que acabou de ser lido, o recurso
apresentado pela nobre Verª Margarete Moraes.
Em votação as
Atas disponíveis nas pastas Públicas do correio eletrônico: Atas disponíveis
das pastas públicas dos correios eletrônicos: da 36ª Sessão Ordinária; da 37ª
Sessão Ordinária; da 38ª Sessão Ordinária; da 39ª Sessão Ordinária
Declaratória; da 40ª Sessão Ordinária; da 41ª Sessão Ordinária; da 42ª Sessão
Ordinária; da 43ª Sessão Ordinária; da 44ª Sessão Ordinária; da 45ª Sessão
Ordinária; da 46ª Sessão Ordinária; da 47ª Sessão Ordinária; da 48ª Sessão
Ordinária; da 49ª Sessão Ordinária; da 50ª Sessão Ordinária Declaratória; da
51ª Sessão Ordinária; da 8ª Sessão Extraordinária; da 9ª Sessão Extraordinária.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADAS.
Apregôo
as seguintes Emendas: Emenda nº 01 ao PLCL nº 044/05, que altera o art. 15º, de
autoria das Vereadoras Margarete Moraes e Sofia Cavedon; Emenda nº 02 ao PLCL
nº 044/05, que altera o art. 16, de autoria das Vereadoras Sofia Cavedon e
Margarete Moraes; Emenda nº 03 ao PLCL nº 044/05, que altera o art. 18, de
autoria do Ver. Dr. Goulart; Emenda nº 04 ao PLCL nº 044/05, que inclui o § 3º
no art. 18, de autoria do Ver. Haroldo de Souza; Emenda nº 05 ao PLCL nº
044/05, que altera o art. 19, de autoria do Ver. Haroldo de Souza; Emenda nº 06
ao PLCL nº 044/05, que altera o art. 20, de autoria do Ver. João Dib; Emenda nº
07 ao PLCL nº 044/05, que inclui artigo novo onde couber, do Ver. João Dib;
Emenda nº 08 ao PLCL nº 044/05, que cria o art. 13-A, de autoria do Ver. Luiz
Braz; Emenda nº 09 ao PLCL nº 044/05, que altera o art. 11º, de autoria do Ver.
Luiz Braz; Emenda nº 10 ao PLCL nº 044/05, acrescenta o § 2º ao art. 5º,
tornando o parágrafo único em § 1º, de autoria do Ver. Nereu D’Avila; Emenda nº
11 ao PLCL nº 044/05, que altera o art. 6º, de autoria do Ver. Nereu D’Avila;
Emenda nº 12 ao PLCL nº 044/05, que altera o art. 4º, de autoria do Ver. Dr.
Goulart; Emenda nº 13 ao PLCL nº 044/05, que altera o art. 2º, de autoria da
Verª Maristela Maffei; Emenda nº 14 ao PLCL nº 044/05, que altera o art. 7º, de
autoria do Ver. Professor Garcia; Emenda nº 15 ao PLCL nº 044/05, que altera o
art. 17, de autoria do Ver. Professor Garcia: Emenda nº 16 ao PLCL nº 044/05,
cria-se um novo artigo onde couber, de autoria da Verª Maristela Maffei.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2548/08 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 021/08, que altera o inciso I do art. 4º e o § 3º do art. 5º, e
inclui os §§ 6º e 7º no art. 5º, todos da Lei nº 2.312, de 15 de dezembro de
1961, que cria o Departamento Municipal de Água e Esgotos - DMAE. (Constituição
e renovação do Conselho Deliberativo.)
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR.
Relatora Verª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 13-08-08.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o
PLE nº 021/08. (Pausa.) O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
discutir o PLE nº 021/08.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, este Projeto altera a
composição do Conselho Deliberativo do DMAE, pois nós aqui votamos, no ano
passado, a inclusão do CREA; foi um Projeto polêmico, mas resolvido depois, com
a derrubada do Veto do Prefeito. Agora o Conselho Deliberativo do DMAE vem com
a proposição de exclusão da Associação Médica do Rio Grande do Sul, a Amrigs, e
da Associação Gaúcha de Proteção ao Meio Ambiente Natural. Segundo o DMAE, não
obstante as solicitações que lhe foram feitas para a saída do Conselho, a
Agapan nunca indicou o seu representante. Isso eu posso testemunhar como verdadeiro,
já que eles não quiseram, nunca participaram. Não sei se a Agapan participava
quando o Ver. Guilherme Barbosa quando era Diretor; creio que não. No meu tempo
eles também fizeram questão de não indicar, diferentemente da Amrigs, que
sempre participou. Acho que é muito importante uma entidade médica estar
presente, porque água, antes de tudo, é saúde preventiva, e água de qualidade,
hoje, é considerada pela Organização Mundial da Saúde como alimento. Não
adianta dar alimento para as pessoas se a água estiver contaminada, e, depois,
os vermes consumirem o alimento que a pessoa ingeriu. Portanto, eu não tenho
essa certeza de que a Amrigs deva sair, porque, quando fui Diretor-Geral, a
Amrigs participou ativamente do Conselho Deliberativo do DMAE, e eu acho que
tem que ser valorizada, sim, a participação médica porque é uma questão de
Saúde Pública.
Em troca é proposta a inclusão da ABES e da
Apedema. Consultei meus colegas ambientalistas, ninguém ouviu falar, ninguém
conhece essa Apedema. Não sei se o Ver. Dr. Goulart conhece ou ouvir falar. Nem
o Ver. Adeli, nem os demais Vereadores conhecem essa entidade.
(Aparte anti-regimental do Ver. Beto Moesch.)
O SR. CARLOS TODESCHINI: Pois é, Ver.
Beto Moesch, mas não tem história de tradição.
O Sr. Beto Moesch: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) A Apedema - Assembléia Permanente de
Entidades em Defesa do Meio Ambiente - é a única instituição reconhecida no
Estado do Rio Grande do Sul, há mais de 20 anos, que representa todas as
associações não-governamentais em defesa do meio ambiente.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Pois é, V. Exª
traz uma contribuição aqui, mas nós que militamos há muito tempo na área...
O Sr. Beto Moesch: V. Exª não
milita.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Não, V. Exª
que se arroga e se avoca como militante, aliás a Cidade regrediu muito por sua
causa. É bom que se diga isso, porque V. Exª se arvora como o Deus do meio
ambiente. Eu perguntei para várias pessoas que militam no meio ambiente e não
conhecem, pelo menos não têm conhecimento de relações de tradição de militância
e participação. Essa é a verdade, porque todas as entidades que têm vida ativa,
têm o reconhecimento, têm presença, têm posicionamento, fazem ou recebem
crítica, mas essa eu nunca vi com ações concretas. Então, vou-me abster de
votar para não prejudicar. Eu discordo dessa retirada da Amrigs, porque,
comigo, a Amrigs trabalhou; é diferente da Agapan, que nunca, efetivamente,
participou. Estão sendo indicadas outras entidades, por exemplo, a ABES. Não
sou contra a participação da ABES, mas há outras entidades, como a Sociedade de
Engenharia, que já cumpre esse espaço de inteligência e de representação na
área da Engenharia. Então, eu creio que está sendo feita uma proposição sobre o
alegado, inclusive, da dificuldade de quórum para votação no Conselho
Deliberativo. Quero dizer o seguinte: fui Diretor do DMAE e reuni, todas as
semanas, durante três anos e meio, o Conselho Deliberativo, e nunca tive
problemas de quórum! Ao contrário, em todas tivemos a participação de 70% do Conselho.
Muito do que está vindo para cá é em função de uma alegada dificuldade: a falta
de quórum.
Eu quero dizer que eu não concordo, pois isso nunca
aconteceu e só acontece agora! Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Encerrada
a discussão do PLE nº 021/08. Em votação o PLE nº 021/08. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por
maioria, com a abstenção dos Vereadores Carlos Todeschini, Sofia
Cavedon, Margarete Moraes, Adeli Sell e Dr. Raul.
(encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 045/08 – (Proc. 3241/08 – Vereadores Aldacir Oliboni e Dr. Raul) – requerem Moção de Apoio às Secretarias e Conselhos Estadual e Municipal de Saúde pela municipalização das Unidades de Saúde do Centro de Saúde Escola Murialdo. (Incluído em 26-05-08.)
O SR. ALDACIR OLIBONI: Nobre
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
público que acompanha o Canal 16, venho a esta tribuna apenas para dar uma
explicação sobre o que é a Escola de Saúde Murialdo. Lá pelos anos 1960, foi
instituído o Centro de Saúde Escola Murialdo; em 1970, instituíram-se ali
algumas especialidades para residência, como, por exemplo, a residência médica
e de outros profissionais, como os enfermeiros, os auxiliares de enfermagem,
cirurgiões-dentistas, técnicos de higiene dental, psicólogos, assistentes
sociais, nutricionistas, fisioterapeutas, auxiliares administrativos e agentes
de saúde. Esta região hoje possui sete unidades de saúde do Estado, e, nessas
sete unidades da Escola de Saúde Murialdo, há essa possibilidade de estágio.
Exatamente por causa disso, em 1996, essas unidades de saúde não foram
municipalizadas. Nem o Governo do Estado nem o Governo Municipal conseguiram,
ao longo dos anos, fazer um acordo para a municipalização. Pois agora,
recentemente, devido ao sucateamento desses serviços, devido à falta de
atendimento para a região, que atinge, hoje, em torno de 80 mil pessoas, onde
essas unidades mais as outras cinco do Município não atendem à demanda, há um
movimento dos trabalhadores, da comunidade, para a municipalização, sobre o
que, inclusive, falamos aqui muitas vezes. Esse Requerimento para o apoio à
municipalização, de autoria do nobre Ver. Dr. Raul e deste que está falando, é
porque nós estamos acompanhando há muito tempo essa reivindicação, seja ela dos
moradores da região, como também dos próprios profissionais. Nós temos
participado de muitas reuniões, e, agora, recentemente, houve o apoio e o
parecer favorável do Conselho Municipal de Saúde e do Conselho Estadual de Saúde,
e a briga está entre as duas Secretarias: a Secretaria do Estado e a Secretaria
do Município. Saiu na imprensa que, em longo prazo, será feita a
municipalização, só que não se tem nada de compromisso assumido. Portanto, nós
fizemos dois movimentos: um deles é exatamente este de demonstrar que a Câmara
de Vereadores é favorável à municipalização, embora mantendo, em algumas
unidades, esses serviços que, por sua vez, vão dar a possibilidade de
capacitação, que são os estágios e a residência, mas, por um outro lado, que
haja um compromisso do Poder Público Municipal em decretar, em ampliar a
municipalização, para poder, de fato, atender à comunidade.
Por isso, dia 8 de setembro, às 19h, haverá aqui
uma Audiência Pública para podemos discutir a municipalização das Unidades de
Saúde do Murialdo. Acredito que não haverá desculpa do Governo Municipal e
Estadual para não estarem aqui, porque, nas inúmeras outras Audiências que
foram feitas, ou estava ausente o Secretário Estadual de Saúde, ou estava
ausente o Secretário Municipal. Exatamente por isso, o nobre Presidente, Ver.
Melo, foi sensível à nossa reivindicação, juntamente com os trabalhadores, para
que haja essa Audiência Pública e para que aqui os dois órgãos se pronunciem
abertamente sobre o futuro do atendimento médico nessa região. São mais de 80
mil pessoas, e essa briga de Secretarias, de Governos, não está implementando a
municipalização, e, com isso, o atendimento médico na região é muito precário.
Portanto, acredito que o Requerimento de apoio à municipalização,
conforme está sendo encaminhado aqui, é de extrema importância para esta Casa,
para já demonstrar, claramente, que ela quer também a municipalização, até
porque, desde 1996, com a Constituição, não foi discutida a ampliação, e nenhum
posto de saúde foi reformado e ampliado, e, com as inúmeras aposentadorias de
servidores, que hoje são do Estado, essas sete Unidades atendem muito
precariamente, mas muito precariamente, não atendendo à demanda da região. Por
isso me somo aqui ao apelo da comunidade, dos trabalhadores, para que nós
possamos, de fato, mostrar, enquanto Câmara, que somos favoráveis à
municipalização o mais rapidamente possível. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Dr.
Raul está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 045/08.
O SR. DR. RAUL: Presidente Sebastião Melo;
Vereadoras, Vereadores, e aqueles que nos assistem, realmente, este
Requerimento é de suma importância para que esta Casa manifeste, na sua integralidade,
todo o seu apoio a essa necessidade, e todos nós que vivenciamos o dia-a-dia
desta Cidade, das comunidades, em especial da Zona Leste, da região do
Partenon, desses mais de 80 mil moradores, realmente, nós precisamos fazer um
grande mutirão para resolver essa questão. Isso já vem com quase dez anos de
atraso, desde o início da municipalização. O trabalho que é desenvolvido, e
muito bem desenvolvido pelas pessoas lá no Centro de Saúde Escola Murialdo,
está carente de uma série de iniciativas para que haja uma ampliação do
atendimento, e para que aquela comunidade, que precisaria ter Unidades
funcionando a pleno, que elas possam ver supridas as suas necessidades.
Nós precisamos de mais PSFs na região, e precisamos
resolver essa questão da municipalização do Murialdo, porque os funcionários se
encontram numa situação de muita tensão, de muita descrença, porque esse é um
assunto que já vem praticamente há dez anos, então não sabem bem o que fazer no
seu dia-a-dia, não sabem o que vai ser do seu desempenho profissional. Isso faz
com que todos vivam numa “corda bamba”, e isso não é bom para o atendimento,
não é bom para a Saúde pública daquela região. Existe, na realidade, uma
vontade muito importante do Município e do Estado em resolver essa questão. Agora,
nós temos que fazer com que isso realmente seja objetivado. Chega de uma
proposta daqui, uma proposta dali.
No momento, a Secretaria de Saúde do Estado está se
empenhando em melhorar, através de uma série de iniciativas que estão em
andamento, e acredito que, nos próximos um, dois, três meses, elas comecem a se
materializar de uma maneira mais objetiva, em especial na contratação dos
médicos de família e de comunidade para essas Unidades, para que não haja
dificuldade de marcação de fichas, pois hoje há uma grande dificuldade para
isso. Existem, até, unidades fechadas que precisam ser reformadas. Então,
estamos empenhados para que haja essas reformas, essa contratação dos recursos
humanos necessários para lá.
Também temos a convicção de que é muito necessária
- já estive inclusive em conversa com nosso Secretário Estadual, Osmar Terra -
uma Unidade 24 horas naquela região, uma UPA - Unidade de Pronto Atendimento 24
horas -, que é um Programa federal do Ministério da Saúde, já implementado no
Rio de Janeiro, que nós estamos tentando trazer para Porto Alegre, para que nós
tenhamos essas Unidades de Pronto Atendimento, que funcionam em contêineres,
que atendem a população muito bem, sem que se tenha que construir uma parede
sequer; simplesmente é uma estrutura pré-moldada, que funciona muito bem e que
está atendendo em torno de mil pessoas por dia, no Rio de Janeiro e em outros
locais do Brasil. Esse esforço está sendo feito no sentido de levar uma dessas
Unidades para junto do Hospital Sanatório Partenon; uma outra para junto do
Centro Vida, lá na Zona Norte, que é uma Zona muito carente, porque as unidades
básicas dos postos de Saúde acabam, há muitos anos, fechando em torno das 17,
das 18 horas, e, a partir daí, a população acaba se dirigindo para as emergências
hospitalares, fazendo com que haja uma superlotação das emergências, em
especial no inverno, e isso faz com que o atendimento seja muito precário. E
aquelas pessoas, que realmente precisam ser atendidas na emergência, muitas
vezes acabam sendo relegadas, ou o seu atendimento acaba sendo demorado, porque
pessoas que precisam de pequenos procedimentos, que deveriam ser encaminhadas
para as unidades, como essas unidades de pronto-atendimento 24 horas, para
fazer a ligação entre a unidade básica de saúde, que faz a prevenção e o
atendimento primário, e a unidade terciária, que é o hospital, isso acaba não
se materializando, fazendo com que o sistema fique com um vácuo. É importante
dizer isso, é importante que a gente consiga fazer com que esse vácuo seja realmente
ocupado por uma ação mais forte da Gestão na área da Saúde. Nesse Projeto em
especial, eu coloco muita confiança e muita fé, porque essas unidades de
pronto-atendimento 24 horas desafogariam, e muito, esse atendimento em Porto
Alegre, e fariam com que o atendimento andasse de uma forma mais clara, mais
limpa e com mais saúde para a população. Era isso.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 045/08.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, essa Moção deve alertar este
Legislativo, porque a cidade de Porto Alegre vem convivendo com essa situação
do Centro de Saúde Escola Murialdo há alguns anos, e o atendimento do bairro
Partenon está gravemente prejudicado.
Agora, em julho, aconteceu uma paralização dos
trabalhadores, e as razões da paralização, a queixa dos funcionários, por
incrível que pareça - uma vez que há uma superlotação, ou uma superabrangência
dos postos e do PSF, das unidades do PSF, que deveriam atender quatro mil
famílias, e atendem 50, 60 mil famílias -, era por condições básicas, como a
dos banheiros que não funcionavam em nenhuma unidade; pela falta de
medicamentos básicos; por não terem instrumentos básicos de trabalho, como
esparadrapo, gaze; por não terem a possibilidade de ter os medicamentos simples
para atender a comunidade, e os funcionários, por isso, por não responderem às
necessidades da população, serem agredidos pela população. Após a greve, após o
ato de manifestação, que nós acompanhamos, houve um acordo de reunião entre os
dois Secretários, o Municipal e o Estadual, e, vejam só, pasmem, apenas o
Secretário Estadual recebeu a Comissão e o Sindicato dos Trabalhadores. O
Secretário, o Sr. Vice-Prefeito, esteve, antes, conversando com o Secretário
Estadual, e não se comprometeu com nada, pediu quatro meses para o Município
pensar, tanto que o Secretário Osmar Terra nos disse: “Olha, nós resolvemos
tomar providências, nós vamos usar o recurso.” Então, nem um e nem outro tem
razão, porque o Secretário Estadual de Saúde, responsável por todo o Partenon,
deixou a situação chegar em estado de calamidade pública, Ver. Oliboni, o caos
instituído, instalado, na rede de atendimento à Saúde no Partenon.
Por outro lado, o Município, diante do caos, diante
de greve, sequer acena com algum caminho. O Secretário sequer recebe os
trabalhadores, sequer dialoga com o Sindicato dos Trabalhadores, sequer dialoga
com os Vereadores desta Casa, com a Comissão de Saúde, sempre presentes, e pede
tempo, ou seja, pede para terminar a campanha eleitoral.
A municipalização não é uma saída, Ver. Aldacir
Oliboni, se não houver o repasse de recursos correspondentes, e V. Exª sabe
disso. Ali tem um trabalho de formação, em nível superior, e o Município,
assumindo, traz um custo altíssimo para a cidade de Porto Alegre. É preciso
construir um convênio em que haja repasse, de fato, de recursos, porque nós
sabemos que o Estado do Rio Grande do Sul deve mais de 30 milhões a Porto
Alegre, e é difícil um Orçamento público suportar uma Saúde de qualidade se o
Estado não cumpre a sua parte. Tem que ser uma municipalização com o
correspondente repasse de recursos.
Por outro lado - Ver. Dib, que faz menção de que quer falar -, não podemos ser levianos com a Escola de Formação, não é, Ver. Dr. Raul. Há uma proposta de que o Estado mantenha essa Escola de Formação, e que o Município assuma a sua responsabilidade, ampliando os PSFs que estão previstos para essa região. Mas eu acho que a Moção é correta no sentido de esta Casa se aliar como um todo para apoiar essa decisão conseqüente, com respostas claras tanto para os funcionários dos postos do Murialdo quanto para a população do Partenon, que teve uma melhora agora à custa de greve, de manifestação, de perda de atendimento, o que, certamente, só piorou as condições de saúde da população. Então, vigilância, atenção e participação nessa Audiência Pública! Está de parabéns a nossa Comissão de Saúde: muito atenta, muito vigilante, tentando fazer com que os Governos assumam a sua responsabilidade! Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
045/08.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; nobres Vereadores e Vereadoras, vejo aqui
uma Moção de Apoio à municipalização da Saúde, e eu defendo. Eu vejo aqui que é
para trazer a municipalização, e vejo também o Partido que diz sempre que nós
temos verbas suficientes para a Saúde dizer que para se municipalizar tem que
se trazer verba. É claro que isso é vero; não há como se dizer que não,
porque hoje, neste País, estão sendo criados Ministérios, estão se fazendo
leis, Medidas Provisórias de cunho altamente popular, mas de uma prática
duvidosa, como a questão dos professores: com um piso de 950 reais, mas o
dinheiro é do Governo do Estado! Teríamos até que batalhar por um piso maior
para os professores, mas fazer com que esses recursos viessem daqueles que
propõem essa Lei. Os recursos estão lá guardados, e aqueles que não tem
recursos?! Mas foi dito que o Estado do Rio Grande do Sul deve para o Município
de Porto Alegre. Deve há muitos anos, há muitos Governos. Isso retrata o quê? A
falta de verba que o Estado tem hoje para poder cumprir com suas obrigações.
Isso está hoje no jornal O Sul (Mostra o jornal.): “Chega a 25% o desvio da
verba destinada para a Saúde deste País”. De um bilhão e meio - está aqui o
jornal -, mais de 430 milhões perdem-se no caminho até chegar lá no foco da
execução, lá onde vai ser tratado o doente, lá onde lhe vai ser dado o remédio.
Como aquela CPI na Câmara Federal, que está travada na mente de todos nós;
aquela história dos indiozinhos em Mato Grosso do Sul que estavam morrendo de
fome há uns anos. Acompanhei aquela triste história naquele Estado por meio das
sindicâncias feitas, e chegaram à conclusão de que, de toda aquela verba
destinada para alimentar os índios, chegavam apenas 5%. Aqui está comprovado de
que o desvio é de 25%, mas lá era de 95%.
Por isso ficamos aqui a clamar pelos nossos postos
de saúde, pela melhoria do tratamento de saúde, mas, enquanto não tivermos uma
gestão pública transparente, uma gestão pública responsável, uma gestão pública
honesta, sem superfaturamentos, nossos caminhos serão cada vez mais difíceis.
Então, faço esta intervenção, aplaudindo essa
municipalização; mas, logicamente, temos que ver de onde vai vir a verba para
sustentá-la, se o Município tem como arcar, ou se teremos que buscar dinheiro
em outras esferas. Porque hoje está tudo na União, e onde se ampliam as
necessidades é nos Municípios, e um pouco nos Estados. E a União bota tudo de
cima para baixo, mandando fazer projetos que às vezes não interessam para a
coletividade. Muitas vezes quer-se fazer um projeto e ele já vem pronto, já vem
já especificado, talvez não seja o que o Prefeito quer, o que a população
precisa.
Então, acho que a municipalização sempre é a melhor
das alternativas. Agora, temos que fazer uma redistribuição dos impostos deste
País, para, aí, sim, os Municípios poderem arcar, e arcar com o denodo que têm,
hoje, com essa garra que estão tendo, hoje, pois, sem o dinheiro necessário,
eles acabam se esforçando com a comunidade, se solidarizando e chegando apenas
num tratamento hercúleo de um trabalho maravilhoso de todos, mas sem recursos.
Muito obrigado, era isso o que eu queria expor.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 045/08.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
esta Casa é integrada por 36 mulheres e homens que representam a população
proto-alegrense, todos sensíveis, todos preocupados com o atendimento principalmente
da classe mais necessitada. E evidentemente que esses 36 Vereadores vão apoiar
a Moção de Apoio às Secretarias de Conselho Estadual e Municipal, sem dúvida
nenhuma, não há razão de discussão.
Mas o que eu gostaria de chamar a atenção é que se
os Vereadores de Porto Alegre têm sensibilidade, o Governo Federal atual não
tem nenhuma. Eu vejo os Vereadores do Partido do Presidente Lula reclamarem da
dívida do Estado para com o Município, dívida do Sr. Olívio Dutra, agora
explicada para todos os rio-grandenses.
Mas, mais grave do que isso é o maltrato que o
Governo Federal dispensa à Prefeitura de Porto Alegre. Em 2002, último ano do
Governo Fernando Henrique Cardoso, a Prefeitura recebeu 307 milhões de reais.
Atualizados, esses 307 milhões de reais para o ano de 2007, pelos índices de
correção monetária, nós teríamos que receber, em 2007, 430 milhões de reais. A
Prefeitura recebeu 103 ou 104 milhões de reais a menos. Os custos de
atendimento da Saúde aumentaram, as dificuldades aumentaram, as receitas da
União aumentaram enormemente, com recordes de mês a mês, com superávit primário
nunca imaginado. Tanto dinheiro que pagaram as dívidas externas e ficaram
devendo aí um trilhão e 300 bilhões com juros altos, mas continua entrando
dinheiro. E Governo Federal, que deveria empregar 10% na Saúde, emprega 4%.
A Emenda nº 29, se não estou equivocado, da
Constituição, que deveria ser regulamentada, eles deixaram para depois da
eleição, porque queriam criar uma nova CPMF com nome de CSS - Contribuição
Social para a Saúde, mas que alguns Deputados dizem que é uma contribuição
supersecreta, porque não diz onde é que ela vai ser utilizada e nem está em uma
lei que deveria estar formulada.
Portanto, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, claro
que nós vamos aprovar a Moção de Solidariedade e de Apoio às Secretárias e aos
Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde. Claro que nós entendemos as
dificuldades do Centro de Saúde da Escola Murialdo. Claro que não deve
representar muito o nosso apoio, mas ele existirá. Mas eu gostaria que nós
tivéssemos apoio do Presidente da República e mandasse mais dinheiro para a
Prefeitura de Porto Alegre, em vez de mandar menos. E aí a Prefeitura poderia
assumir outros ônus que hoje tem dificuldade de enfrentar com recursos
próprios, que são da ordem de 20% do Orçamento e que são adicionados por 300 e
poucos milhões de reais, que vem do Governo Federal, mas que deveriam, este
ano, ser da ordem de cerca de 500 milhões de reais. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o
Requerimento nº 045/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1947/08 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 003/08, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo, que prorroga o prazo previsto na alínea “a” do § 2º do art. 18 da
Lei Complementar nº 197, de 21 de março de 1989, que institui e disciplina o
Imposto sobre a transmissão “inter-vivos”, por ato oneroso, de bens imóveis e
de direitos reais a eles relativos, e alterações posteriores.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Almerindo Filho: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA
– art. 82,§ 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 04-06-08.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o
PLCL nº 003/08, que foi incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM,
em 04 de junho de 2008; a sua aprovação depende do voto favorável da maioria
dos Srs. Vereadores e Sras Vereadoras. (Pausa.)
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir
o PLCL nº 003/08.
O SR. ADELI SELL: Meu caro
Presidente, colegas Vereadores; meu caro Ver. Bernardino, V. Exª sabe que eu
tenho militado favoravelmente a mudanças substantivas na questão da tributação
em Porto Alegre, como tenho também feito relações políticas, pressão política
que cabe a um Vereador e suas relações com as instituições em relação ao ICMS
no Rio Grande do Sul.
Vejam o seguinte, eu não sou daqueles que entram em
uma disputa tipo “guerra fiscal”; eu acho que isso é um grande equívoco, isso
tem trazido inúmeros prejuízos ao Rio Grande do Sul de um modo especial, e nós
não conseguimos tratar isso com a devida atenção e com políticas necessárias e
cabíveis. Eu concordo com a prorrogação do prazo de negociação do ITBI, eu acho
que isso fará com que a gente deixe de ter os famosos contratos de gaveta, que
nós possamos ter efetivas escrituras, porque o que mais há em Porto Alegre é
contrato de gaveta; o que mais há é recibo de compra e venda; essa é uma Cidade
completamente irregular, e nós temos pouca ousadia, nós ficamos acovardados
diante dessa situação. Nós temos, aqui em Porto Alegre, a Lei do Ver. Décio
Schauren, das Áreas Especiais de Interesse Social, mas que é um vai-não-vai,
não resolve. E nós temos um instrumento na mão, nós temos problema com os
cartórios, não há Deputado Estadual que enfrente a questão dos cartórios,
porque esse é um tema estadual, Ver. Dr. Goulart; não há, nós precisamos tratar
disso. Agora, a questão do ITBI é a mesma coisa, a possibilidade de pagar de
forma escalonada dá condições de a pessoa tirar o contrato da gaveta, pagar o
ITBI e fazer a sua escritura, porque o Brasil compra tudo à prestação. Então,
ter que pagar tudo de uma só vez, uma transação, que é de 3%, regra geral,
sobre o valor do imóvel negociado, é demais para a maioria da população.
Portanto, o seu escalonamento é uma postura correta.
A gente deveria estar discutindo não só o ITBI. Nós
levantamos aqui esse assunto - faço justiça à Verª Neuza, que também levantou.
Eu levantei o problema, eu cobrei, eu fiz movimentos, porque mudaram coisas da
Planta de Valores, usaram um subterfúgio para aumentar o IPTU em alguns lugares
e não tiveram a coragem de apresentar uma nova Planta de Valores legal,
constitucional, discutida e votada por nós, Vereadores.
Então, isso tem de vir a lume, tem de vir às
claras, tem de ser discutido aqui, nós temos de acompanhar isso, como também a
questão do ISS. Nós, no Rio Grande do Sul, cobramos 5% de ISS das empresas de call
center, e, no resto do Brasil, são 2%. Nós perdemos várias empresas aqui
para São Paulo, Goiás e Salvador.
Em São Leopoldo, que tem uma política específica
para a questão, a Prefeitura - e diga-se de passagem, Prefeitura do meu
Partido, do PT - conseguiu trazer uma empresa que deu quase mil empregos numa
tacada só. Nós devíamos estar discutindo essa questão em Porto Alegre.
Vejam que em São Paulo, diminuiu o ICMS da
telefonia para as empresas de call center. Nós poderíamos estar
discutindo, inclusive, debatendo e disputando com Bangalore, na Índia, os call
centers internacionais, porque nós temos pessoal qualificado aqui. Nós
teríamos uma Planta que poderia atender seis horas no Brasil e seis horas num call
center internacional. Mas, não! Aqui, discutir tributação é sempre com o
freio de mão puxado.
Quando nós mudamos a tributação de TI - Tecnologia
da Informação -, diziam que o Município iria perder. E o Prof. Newton Braga
Rosa mostrou, aqui, de forma clara e cristalina, que é o contrário, aumentamos
a arrecadação porque ampliamos a base de arrecadação. E assim nós temos de
ousar.
A palavra de ordem é “ousadia”, a palavra de ordem
é ousadia e atitude diante das questões que se colocam para nós.
Portanto, sou favorável. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Antes de
passar a palavra ao próximo orador, vou fazer a leitura da Emenda nº 01 ao PLCL
nº 003/08, de autoria do Prof. Garcia, Líder do Governo, cujo teor dá nova
redação ao art. 1º do Projeto em tela, como segue (Lê.): “Fica o prazo previsto
na alínea “a” do § 2º do art. 18 da Lei Complementar nº 197, de 21 de março de
1989, e alterações posteriores, prorrogado até o dia 31 de dezembro de 2008”.
O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o
PLCL nº 003/08.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
Sras Vereadoras, eu acredito que esta iniciativa do Ver.
Vendruscolo, trazendo para cá o parcelamento do ITBI, trouxe, realmente, um
avanço em matéria tributária, dando oportunidade para as pessoas que tinham os
seus contratos de gaveta e que não tinham condições de saldarem esse imposto,
de fazerem transferência do imóvel.
É claro, Ver. Vendruscolo, que existe um
inconveniente nessa Legislação que foi votada aqui na Casa, e que nós não
conseguimos corrigir, ex-Ver. José Valdir, sempre Vereador aqui desta Casa. Tem
que se esperar chegar ao final do parcelamento; depois que se pagar a última
parcela, é que vai se dar a escritura, que vai se regularizar a escritura. Não
dá para ser antes. E eu conversava com o pessoal do Executivo, que dizia que,
se for dada a escritura antes, ninguém paga mais.
Então, realmente, não se resolve esse problema
imediatamente; vai se resolver o problema a longo prazo. A pessoa não tem a
regularização da sua escritura de pronto, tão logo assine esse contrato de
parcelamento.
Deveria ser assim? Acho que sim, acho que poderia
ficar um ônus sobre imóvel, e, lá no final, quando acabassem de pagar esse
parcelamento, retirar o ônus, mas o Executivo não pensa assim, e essa escritura
só é passada lá no final.
Ver. Vendruscolo, V. Exª trouxe esse avanço na
Legislação, e, pensando bem, acredito que esse pedido de V. Exª para fazer esta
prorrogação não contraria, na verdade, a própria vontade do Executivo, porque o
Executivo também concorda em fazer a prorrogação, só que o Executivo, eu acho
que até, de uma forma ética, Ver. João Dib, pensa o seguinte: como o Executivo
sabe que o mandato vai até o final do ano, pode garantir isso, e concorda com
esse parcelamento até o final do ano; não concorda depois, porque não sabe quem
vai dirigir, quem vai estar à frente da Cidade. Então, eu acho que, por motivos
éticos, pensa assim o Executivo. Até acho que é uma justificativa desta Emenda
que está sendo apresentada pelo Líder do Governo.
Mas, Ver. Vendruscolo, acho que já que não é um
problema de passar a escritura, de resolver o problema da escritura
imediatamente, não há grandes problemas para os Governos, e se o que alega o
estudo que foi feito pelo Professor Garcia, se existe esta possibilidade de
poucas pessoas, de pouquíssimas pessoas estarem, hoje, procurando o
parcelamento, Ver. Vendruscolo, de acordo com o levantamento que me foi
mostrado, não traz prejuízo para o Governo também.
Ver. Vendruscolo, cumprimento V. Exª pela
iniciativa, porque V. Exª traz um avanço para esta Casa.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador Luiz Braz, primeiro quero
agradecer V. Exª e fazer um registro: esta Casa votou este Projeto desde o
início, inclusive com a oposição, a oposição nos apoiou desde o início, e V.
Exª, de repente, não está lembrado, mas me ajudou a construir também este
Projeto, porque V. Exª conhece muito o assunto sobre tributo, e eu me
assessorei dos seus conhecimentos para propor este Projeto lá fora. Nós estamos
indo para a terceira renovação. Eu não estou dizendo isso para V. Exª; estou
dizendo para o Líder do Governo, o Vereador Professor Garcia, que ouça o
Secretário da Fazenda, que ouça o Sr. Cristiano Tatsch, porque eu,
particularmente, não estou brincando aqui, estou trabalhando. Porque, quando
eles aqui estiveram, pedindo para que nós reajustássemos os seus salários, os
seus proventos, que nós vinculássemos aos resultados dos seus próprios
trabalhos, nós trabalhamos nesse sentido. Quem não quer parcelar o ITBI é quem
não quer trabalhar, que é o caso dos técnicos da Fazenda. Eu quero
cumprimentá-lo por me apoiar, mas, por favor, dois meses de Projeto é brincar!
Eu concordo com um pouco mais. Por favor, dou-lhe a oportunidade de fazer essa
Emenda.
O SR. LUIZ BRAZ: Está certo. Obrigado, Ver.
Vendruscolo.
O Sr. João Bosco Vaz: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador Braz, eu voto favoravelmente ao
Projeto do Ver. Vendruscolo, eu acho que ele tem um alcance social muito
grande, e vou votar na Emenda que o Ver. João Dib vai apresentar agora, com
validade até 31 de dezembro de 2009. E o Ver. Vendruscolo também concorda com
isso.
O SR. LUIZ BRAZ: Eu acredito que esse é um bom
entendimento a que chega esta Casa, Vereador-Presidente, Sebastião Melo, e
também concordo e acompanho esse pensamento que eu acho que já se forma de uma
maneira a dar unanimidade à votação do Projeto.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Apregôo a
Subemenda 01 à Emenda nº 01. (Lê.) “Fica o prazo estabelecido na Emenda nº 01
ao PLCL nº 003/08 alterado para 31/12/2009. Assina o Ver. João Antonio Dib,
Líder do PP”.
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para
discutir o PLCL nº 003/08.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente, nobres colegas Vereadores, eu não poderia, de maneira nenhuma,
deixar de tecer considerações a respeito deste Projeto. Da mesma forma que o
nobre colega Ver. João Bosco, também votarei a favor deste Projeto, com a
Emenda do Ver. João Antonio Dib. Por quê? Nós, o povo brasileiro, estamos
cansados, gente, dessa alta carga tributária. Justamente o ITBI com 3%, à
vista, é uma maneira de dizer “não” à casa própria do povo brasileiro, ou, ao
menos, fazer com que ele retarde mais o processo para poder conquistar a sua
casa própria. Quanto ao parcelamento, à diminuição desse imposto, nas outras
cidades essa carga tributária é menor que em Porto Alegre. Da mesma maneira,
quando foi encaminhado o Projeto do parcelamento do ITBI, do Ver. Bernardino
Vendruscolo, naquela mesma lei entrou também o ITBI para as cooperativas habitacionais;
cooperativas essas que pagavam o ITBI único, que pagavam duas vezes o ITBI. Uma
cooperativa, quando comprava sua área, era penalizada pelo imposto de 3% para
poder fazer a escritura do terreno e fazer a construção da casa própria dos
cooperativados. O que acontecia depois de construídos os imóveis, os
apartamentos ou as casas? Na individualização, o cooperativado pagava novamente
o ITBI, ainda agregado de valores da construção. Este Projeto está preservado,
esta Lei está preservada, graças a Deus, mas também solidária. Acho que fazer
em prestações, ainda se fôssemos nós o Prefeito de Porto Alegre, o
diminuiríamos para incentivar a aquisição da casa própria, porque isso nos traz
uma auto-estima muito grande para as nossas famílias, um bem-estar de um
alcance social profundo, quando somos donos daquele pedacinho de chão, com um
pouquinho de cobertura, em que possamos fazer ali o que achamos que devemos
fazer, naquela máxima da liberdade: sentir-se bem, sentir-se solidário.
Parabéns, Ver. Bernardino Vendruscolo, conte comigo; estaremos prontos para
votar favoravelmente.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Ismael Heinen, eu também acho que o
Projeto é importante para a Cidade, é bom pra a Cidade, o Prefeito Fogaça
deveria até agradecer ao Ver. Bernardino Vendruscolo por este Projeto
maravilhoso, vai legalizar os contratos de gaveta. Isso é importante, vai
arrecadar mais e vai vir mais gente para legalizar a sua vida. O Ver.
Bernardino está de parabéns por ter proposto este Projeto, e ele é um dos
maiores lutadores pelo ITBI, sempre.
O SR. ISMAEL HEINEN: Parabéns, acho
que vamos estar todos nós, hoje, aqui, Brasinha, aprovando este Projeto do Ver.
Bernardino com a Emenda do Ver. João Antonio Dib. Muito obrigado, era isso que
eu queria colocar.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para discutir PLCL nº 003/08.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Nobre Ver.
Sebastião Melo, Presidente da Casa do Povo de Porto Alegre, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, ouvi com atenção o Ver. Ismael Heinen reclamando
que a alíquota de 3% era elevada. Mas devo dizer a V. Exª, Ver. Ismael Heinen,
que é só 3%, porque o Projeto que veio a esta Casa na Administração Olívio
Dutra, quando passou o ITBI para a Prefeitura de Porto Alegre, trazia a
alíquota de 6%, também. Então, é mérito desta Casa que seja só de 3% - não há
alíquota de 6%. Mas, de qualquer forma, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, o Ver.
João Bosco Vaz já anunciou que eu entraria com uma Emenda. A Mesa já apregoou a
Emenda, levando o prazo até 31 de dezembro de 2009. O Prefeito Fogaça termina o
seu mandato no dia 31 de dezembro de 2008. Evidentemente ele ficaria numa
situação desagradável se sancionar um Projeto que, talvez, não fosse
interessante a outro que possa ser eleito no seu lugar. Então, se nós
colocarmos até 31 de dezembro de 2009, não vai alterar os problemas para
ninguém e haverá um tempo mais prolongado para uma análise dos efeitos
benéficos que tem trazido à população o Projeto de Lei do nobre Ver. Bernardino
Vendruscolo.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Antonio Dib, eu lhe peço um
aparte para dizer aquilo que disse para o Ver. Luiz Braz e aos demais Vereadores.
Só pessoas inteligentes e que pensam na Cidade é que estão defendendo este
Projeto, e V. Exª é um deles, e os demais que votarão a favor também. Porque
aqueles que votarão contra são aqueles que não pensam no bem da Cidade em seu
todo, porque este Projeto trouxe e traz receita para o Executivo. Então, eu
quero cumprimentar todos os que vão votar a favor. Quem votar contra estará
votando contra a Cidade.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Nobre Ver.
Bernardino Vendruscolo, eu agradeço o aparte de V. Exª, mas eu acredito que a
totalidade dos Vereadores votará favoravelmente ao Projeto, já que ele está em
vigor e vai continuar até 31 de dezembro de 2009, para então, depois, com novos
estudos, chegarmos à conclusão de torná-lo definitivo. Eu acho que o caminho é certo
e os Vereadores votarão favoravelmente. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Muito
obrigado, Ver. João Antonio Dib.
O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
discutir o PLCL nº 003/08.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, como Líder do
Governo eu tenho que colocar as razões, porque - Ver. Bernardino Vendruscolo,
eu gostaria que V. Exª me ouvisse atentamente, uma vez que já fizemos essa
discussão inúmeras vezes - o Executivo coloca as suas dificuldades. Primeiro,
pelo baixo número de pessoas interessadas no pagamento. V. Exª sabe que o que
foi arrecadado foram três milhões, 786 mil, e o valor do ITBI foi um total de
191 milhões. Ou seja, menos de 2% das pessoas tiveram interesse.
O Ver. Adeli Sell usou o termo da questão da
prestação para receber algo. Só que essa é uma situação diferenciada.
Normalmente quando se compra um bem, a pessoa paga a primeira prestação, mas já
recebe o bem. Aqui não, aqui só recebe depois de todas as prestações.
Poder-se-ia dizer: “Mas, se eu fizer parcelado e botar o dinheiro, mesmo que
seja na poupança, depois de seis meses eu vou receber 3%, talvez”. Mas não é
assim. O grande mérito é que obriga. Se a pessoa pagar uma, duas e não pagar as
demais, ela não vai receber. Ela só recebe depois. E é o que o Executivo tem
colocado: de 1º de janeiro de 2006 a 4 de setembro de 2008; ou seja, durante um
ano e nove meses foram pagos 68 mil, 589 guias, sendo 1.173 desse parcelamento.
Ou seja, 1,7%, o que é importante, sim. Só que hoje o maior problema - e é esta
a razão do Executivo - é que o custo operacional disso - e é essa a preocupação
- é o envolvimento de pessoas que têm que cuidar disso; é essa a preocupação de
não deixar para outro gestor. Quem será o gestor de 2009? Não se sabe! E foi
essa a preocupação. Por isso pusemos o prazo até o final do ano para colocar
essas situações. E o que diz aqui? (Lê.) “Esta Secretaria da Fazenda tem, ao
longo deste tempo, estudado os motivos para identificar as causas da baixa
procura deste instituto, chegando à conclusão de que a mesma decorre em função
da necessidade que tem o contribuinte de quitar o parcelamento do ITBI para
lavrar a Escritura Pública e somente depois proceder à averbação no Cartório de
Registro de Imóveis. Considerando que o adquirente tem este interesse para a
sua segurança, e o vendedor, no caso do financiamento habitacional, somente
percebe o valor financiado do banco após a completa tramitação do documento
legal, configura-se a impossibilidade prática da parcelar-se o IBTI. Neste
sentido, é importante salientar que a quitação do Imposto para a lavratura do
documento hábil para a transmissão é fundamental para a garantia desse
recebimento”. Ou seja, tem que pagar todo. Como o Vereador fez - eu estava
quieto - uma alegação: “Quem vota a favor, está a favor da Cidade, quem vota
contra, está contra a Cidade”, nós não podemos fazer essas questões até porque
a população é inteligente, e o tema não trata de uma questão do bem e do mal, e
sim de uma questão dialética. Eu aprendi na minha vida que a gente conquista as
coisas de uma forma dialética, e há um velho ditado: “Quem agride, perde”.
Então, vamos manter a ordem, vamos dizer o porquê da intenção. Eu acho que a
sua postulação é correta e justa, mas não faça do tema, aqui, Vereador - por
gentileza, eu lhe peço isso -, uma questão do bem ou do mal, ou seja, quem está
a favor é a favor do bem, e quem está contra está a favor do mal. Não, todos
nós lutamos e buscamos aquilo que é melhor para a Cidade, sob vários olhares.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Haroldo
de Souza está com a palavra para discutir o PLCL nº 003/08.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu não vou usar os
cinco minutos. Boa-tarde a todos, mas eu não gosto de coação. Esse negócio de
chegar o autor do Projeto e afirmar que quem vota a favor está votando a favor
da Cidade e quem vota contra está votando contra a Cidade não é por aí! Eu endosso
as palavras do Líder do Governo: vou votar contra, talvez eu seja o único
Vereador a votar contra, não há nenhum problema. Eu já tinha a formação do meu
voto, e agora tenho muito mais ainda, por causa de uma frase do Ver. Bernardino
Vendruscolo: “as pessoas inteligentes não votam contra esse Projeto”. Puxa
vida! Chegamos ao ponto agora de julgar a inteligência das pessoas na defesa de
um Projeto! Eu voto contra, mesmo porque eu talvez não seja tão inteligente
quanto eu pensava.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLCL nº 003/08.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Ver. Sebastião Melo, eu tenho certeza de que, se
estivéssemos vivendo um outro momento na política, não estaríamos fazendo essa
discussão. Agora, eu, Ver. Haroldo de Souza, talvez tenha me excedido um
pouquinho, porque ao ver pessoas trabalharem para votar contra esse Projeto,
talvez eu não tenha tido o equilíbrio suficiente. Estou há três anos e meio
nesta Casa e tenho certeza de que muitos não têm muita inteligência, não; basta
ver os seus projetos, os seus trabalhos, que dá para avaliar que não têm muita.
Eu vou reforçar o que eu disse: este Projeto é bom para a Cidade, por que vão
votar contra? Ele traz recursos para a Cidade, ajuda as pessoas, se o Prefeito
que está aí sancionou duas vezes, e estamos indo para a terceira, e se não
trouxe mais recursos foi porque, infelizmente, o Secretário da Fazenda,
Cristiano Tatsch, nunca esteve de boa vontade com esse Projeto; nunca divulgou.
E mais, Ver. Haroldo de Souza, eu estou quebrando o meu sigilo telefônico para
que V. Exas tomem conhecimento da proposta que o Secretário Tatsch
fez a este Vereador, negociando com outro projeto para que eu o retirasse e ele
concordaria em votar este, que é o projeto que trata dos absurdos das
avaliações dos imóveis em Porto Alegre, quando se compara à avaliação para
efeito de IPTU e ITBI. Eu não estou aqui para brincar, e essa é a grande
verdade.
Ver. Professor Garcia, vou lhe pedir mais uma vez:
o Projeto é bom, por que não vamos votar? Eu vou dizer com sinceridade, Ver.
Professor Garcia: o seu problema e o problema do Secretário Cristiano Tatsch -
e não estou falando do Prefeito, estou falando do Secretário Cristiano Tatsch e
do Ver. Professor Garcia - é que nada fizeram para ajudar, eu é que tenho
deslocado pessoas para orientar sobre o parcelamento; ele nada fez. O seu
problema e o problema do Secretário Cristiano Tatsch é um problema político, e
as pessoas saberão avaliar.
A Srª Maristela Maffei: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Bernardino Vendruscolo, quero
dizer que a Bancada do PCdoB vota com o seu Projeto e também com a Emenda do
Ver. João Antonio Dib. Obrigada.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: A minha
concordância com a Emenda é no sentido de que não precisa ser como eu quero.
Agora, aprovar um Projeto para valer dois meses?! Leva um mês para sancionar, e
depois só valer dois meses!? Nós estamos brincando, pelo amor de Deus!
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do Orador.) Ver. Bernardino, quero lhe dizer
que pode contar com o meu voto, e se eu pudesse votar duas vezes, eu votaria
favorável duas vezes. E quero dizer que Porto Alegre precisa do seu Projeto.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Obrigado,
Ver. Brasinha.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Não há mais
quem queira discutir. Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Bosco Vaz,
o PLCL nº 003/08. (Pausa.)
O SR. GUILHERME BARBOSA (Requerimento): Presidente
Melo, em função da grave denúncia que fez o Ver. Bernardino da tribuna, onde
ele estabeleceu e disse, com todas as letras, que o Secretário liga para o
Vereador tentando comprar a sua opinião, nesse sentido me abstive e quero pedir
cópia da declaração do Ver. Bernardino; eu troco o meu voto de ‘abstenção’ para
‘sim’. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Proclamo o
resultado da votação do PLCL nº 003/08: APROVADO por 19 votos SIM,
02 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Bosco
Vaz, a Emenda nº 01 ao PLCL nº 003/08, de autoria do Ver. Professor Garcia, que
dá prazo até 31 de dezembro de 2008. (Pausa.)
Srs. Vereadores, V. Exas não me pediram esclarecimento, mas percebo que há dúvidas no Plenário:
há uma Emenda que está em processo de votação e uma Subemenda; quem quiser
aprovar a Subemenda do Ver. Dib, tem que aprovar essa Emenda e submeter à
votação a Subemenda do Ver. Dib; se rejeitar essa Emenda, conseqüentemente,
está-se rejeitando a Subemenda. Essa é a orientação da votação.
O
SR. PROFESSOR GARCIA:
Excelência, acho que não ficou claro.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Não cabe
Questão de Ordem neste momento, mas, para fins de compreensão, esclareço o
seguinte: Srs. Vereadores, nós votamos o Projeto e foi aprovado; existe uma
Emenda e uma Subemenda à Emenda. Se a Emenda for rejeitada, está aprovado o
Projeto original, sem a Emenda; se a Emenda for aprovada, eu submeto à votação
a Subemenda do Ver. Dib, que é um adendo que transfere para 2009.
Pergunto se há algum Vereador que não votou?
Solicito aos Srs. Vereadores que não votaram para que procedam às votações no
microfone. (Pausa.) Srs. Vereadores, peço a atenção para o seguinte: o Diretor
Legislativo está dando uma sugestão que acho ser a mais correta: vamos reabrir
o painel.
Se for necessário, darei todos os esclarecimentos.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Vou lhe pedir
um pouquinho de paciência para que haja o esclarecimento novamente, porque há
um equívoco: se nós derrotarmos a Emenda do Ver. Garcia, não há Subemenda.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs.
Vereadores, eu novamente vou, de forma muito didática, apresentar o tema. Vejam
o seguinte: o Projeto do Ver. Bernardino Vendruscolo está aprovado, correto? Se
os Srs. Vereadores e Sras Vereadoras rejeitarem a Emenda do Ver.
Professor Garcia, o Projeto está aprovado nos termos originais. Ponto. Se os
Srs. Vereadores aprovarem a Emenda do Ver. Professor Garcia, como se trata do
mesmo teor, não se podem fazer duas Emendas, e eu tenho de fazer Subemendas. E
a Subemenda, portanto, segue, e é do mesmo teor. Então, portanto, há uma
Subemenda. Todo mundo está devidamente esclarecido? Solicito a abertura do
painel pelo prazo regimental de um minuto e meio para a votação.
Em votação a Emenda nº 01 ao PLCL nº 003/08. (Após
a apuração nominal.) APROVADA por 19 votos SIM, 01 voto NÃO
e 02 ABSTENÇÕES.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Bosco
Vaz, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLCL nº 003/08. (Após a apuração
nominal.) REJEITADA por 18 votos SIM e 04 ABSTENÇÕES.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Eu gostaria de saber qual é o Requerimento. É
verificação de votação ou é renovação de votação? (Pausa.) Se for renovação de
votação, V. Exª tem que fazer por escrito, e o Requerimento será apregoado na
próxima Sessão. Portanto, eu aguardo o Requerimento de V. Exª para posterior
análise.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Será feito imediatamente.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Apregoamos a Emenda nº 017, de autoria do Ver.
Haroldo de Souza, ao PLCL nº 044/05, que dispõe sobre o Inventário do
Patrimônio Cultural de Bens Imóveis do Município.
Em votação o Requerimento que solicita dispensa do
envio das 17 Emendas ao PLCL nº 044/05 às Comissões. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Eu solicito que os senhores Líderes se aproximem da
Presidência. (Pausa.) Srs. Vereadores, nós estamos nos aproximando do final da
Sessão e nós temos uma reunião, agora, com a Diretoria Legislativa, com os
Procuradores da Casa, para tratarmos da questão da TVCâmara, na Sala das
Comissões. Solicito aos Srs. Vereadores que se dirijam à Sala das Comissões
para que possamos começar a reunião.
Apregôo Requerimento de retirada da Emenda nº 04 ao
PLCL nº 044/05, de autoria do Ver. Haroldo de Souza.
Apregôo o Requerimento que solicita renovação de votação do PLCL nº
003/08, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo. Justificativa: em razão de
que a Subemenda do Ver. João Antonio Dib recebeu tão somente 18 votos, enquanto
seriam necessários, no mínimo, 19 votos.
O SR. HAROLDO DE
SOUZA: Sr. Presidente, solicito
verificação de quórum.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Visivelmente, não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da
presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 17h28min.)
* * * * *